Clube de Mulheres vs Boates Masculinas, Parte I

Clube de mulheres X Boates para Homens

Fui a uma boate para homens e a um clube de mulheres. Aqui vai a comparação.

A boate
Em uma boate tanto a classe e faixa etária de homens que buscam diversão variam. Pode-se dizer que tem de tudo um pouco.

O que pude observar é que os homens buscam em um ambiente desses é novidade, beleza, dedicação. Mesmo sabendo que as meninas oferecem algo ilusório, eles ainda continuam pagando por este tipo de serviço.

O valor de um passeio em uma casa classe A em Curitiba não sai por menos de R$ 300,00. Existe uma entrada que não é tão alta assim, em torno de R$ 50,00. Daí temos as bebidas que custam o olho da cara. Uma simples cerveja, pasmem, pode chegar a R$ 20,00.

Na boate existem shows performáticos e sensuais com o nu completo. Pude cronometrar que é feito um a cada meia hora para manter o ânimo do pessoal. Neste meio tempo, as meninas ficam circulando entre uma mesa e outra, sempre bonitas, bem vestidas e educadas. Assim que uma delas é solicitada como companhia de mesa, imediatamente ela pede uma bebida (a mais cara, lógico, pois ela ganha parte do valor da bebida) tudo na conta do cliente que está com ela. Uma simples champanhe, daquelas pequenininhas, custa R$ 150,00.

Acham que acabou por aí? Não, tem mais.

Caso um homem se interesse por uma destas garotas, ele pode escolher entre ficar em um dos ambientes privativos da boate, ou retirá-la – por exemplo, para um motel. No primeiro caso, paga apenas o cachê da menina (entre 200,00 e 300,00). Mas caso ele deseje retirá-la da boate, precisa pagar algo parecido a uma “rolha”: ele tem que deixar mais um valor na portaria quando retirar a menina (em geral, o mesmo valor do cachê). Devemos somar também a este valor, o quarto de motel e tudo o mais que a garota for pedir.

Sendo assim, um programa, não deverá custar menos de R$ 500,00. Mesmo sabendo destes valores, muitos homens optam por praticar tais jogos esporadicamente. Existem também aqueles que somente vão olhar os shows e voltam para suas casas. Estes certamente gastam menos.
Tentei entrevistar alguns dos homens presentes, foi terrível, muitos achavam que na entrevista haveria fotos e seus nomes estampados na primeira página do blog.

Mas, ainda assim, consegui dois maridos.

Mister X – Casado há mais de 10 anos, se diz frequentador deste tipo de ambiente por que a esposa relaxou, que engordou e que não gosta mais de sexo. Diz também que sua vida é boa e que jamais largaria a esposa e os filhos, porém, que sem aquilo, a vida seria muito mais dura. Ele não fica com as meninas, apenas olha os shows e depois pratica sexo solitário em casa. Ele também reclama das mulheres no seguinte aspecto, que quando uma mulher quer casar ela usa de todos os artifícios que tem, e que depois que casa, passa a usar todas as desculpas possíveis para não fazer sexo. A pergunta que ele deixa é, porquê?

Mister Z – este se revelou um “putanheiro” – termo usado para aqueles que são quase viciados no trabalho das meninas de programa.
Diz também que gosta de sexo muito mais que sua esposa, que também gosta. Apesar disto, ele gosta muito de novidades e de experimentar o perigo de ser descoberto um dia. Frequentador semanal da casa (que é no mesmo dia e horário do curso dele), não considera sexo com a menina de programa uma traição. Para ele traição envolve sentimento, e como ele não tem nenhum, ele não trai.

Beijos,
Cris Fontoura.

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